O Programa de Bolsas-Empréstimo Fundação Ilídio Pinho foi uma iniciativa dirigida aos alunos dos cursos de ensino superior, universitário ou politécnico, público ou privado, em Portugal. Foi lançado no ano letivo 2001/2002, permitindo a 82 jovens bolseiros levar a cabo e concluir com êxito os seus estudos superiores.
A Bolsa assumiu a forma de um empréstimo, reembolsável após o seu término ao concluir os estudos, sendo os candidatos selecionados em função de critérios como o seu desempenho escolar, a área de formação curricular, a situação económica e a distância da residência ao local dos estudos.
O objetivo principal foi o de incentivar e apadrinhar o desenvolvimento pedagógico e académico dos alunos economicamente mais desfavorecidos, obstando à inerente sobrecarga financeira da família, ou, pelo menos, aliviando-a. Em segundo lugar, responsabilizar os bolseiros e contribuir para a sua autonomia financeira, autonomia essa condizente com um estatuto de maioridade e maturidade pessoal e cívica. Por fim, ajudar a transmitir a imagem de que o percurso profissional de cada um começa no momento em que se inicia a sua formação de nível superior, muito antes portanto da sua entrada no mercado de trabalho.
Este modelo de Bolsas de Estudo inspirou-se nos modelos com sucesso comprovado de várias décadas em muitos dos países mais avançados, como os Estados Unidos da América, Canadá ou os países Escandinavos. Nestes países, é o Estado o garante das bolsas empréstimo (loans) que a banca concede para financiar o estudante durante o seu curso superior. No caso das Bolsas-Empréstimo Fundação Ilídio Pinho, a Fundação substitui-se ao Estado no lançamento, em Portugal, de um mecanismo com décadas de experiência de sucesso no estrangeiro e ainda assumindo junto da banca o papel de garante dos empréstimos concedidos, para além do acompanhamento dos alunos ao longo do seu percurso académico.
As Bolsas-Empréstimo são, comparativamente aos apoios do Estado através da Ação Social Escolar, indutoras de uma forte responsabilização social do jovem aluno. São uma alternativa séria às frequentes situações de subsidiodependência do jovem estudante, com a despersonalização que lhe é inerente. Para a Fundação e o Fundador, o estudante terá sempre um maior apreço pelo seu curso superior se sentir que lutou por ele e que o assumiu no seu custo em toda a sua plenitude. A Fundação acredita, pois, que a realização pessoal, a capacidade de afirmação, a iniciativa e a liderança de cada um serão fortemente enriquecidas quando o aluno, através da sua valorização, assume o compromisso da sua própria formação.
O Programa de Bolsas-Empréstimo da Fundação Ilídio Pinho encontra-se atualmente suspenso, porque é seu entendimento que, depois dos ensaios, dos estudos e da experiência adquirida, competirá ao Estado assumir essa responsabilidade, possivelmente de forma integrada numa reforma que se impõe desenvolver no Ensino Superior, fazendo com que Estado, Universidades e alunos, assumam, cada um, as suas responsabilidades para com a sociedade.
Consulte o Estudo realizado pela Fundação Ilídio Pinho no âmbito da reforma do Ensino Superior baseado na experiência do que se faz em países mais avançados. Ler mais…