A entusiástica adesão de professores e alunos com a surpreendente qualidade dos projetos e o impacto da iniciativa, imediatamente reconhecida pelas escolas, que desde a primeira hora abraçaram como sua, encorajou a Fundação a prosseguir um caminho árduo mas ambicioso. Nos anos que se seguiram, o Prémio “Ciência na Escola” foi consolidando a sua presença junto de professores, alunos e escolas de todo o país, continente e ilhas, ocupando um lugar não preenchido no panorama do Ensino Básico e Secundário. O alargamento a Braga e Tâmega, logo na segunda edição dedicada à Química, duplicou o número de projetos, que não mais parou de crescer.
Na 5ª edição (2006/2007), com a iniciativa já consolidada, foi lançado um novo desafio: a apresentação de projetos interdisciplinares que envolvessem pelo menos duas disciplinas e de preferência até mais. O sucesso foi enorme, com a aprendizagem pelos alunos de que os problemas do mundo real são multidisciplinares e a sua resolução requer a capacidade de combinar conhecimentos de diferentes disciplinas.
Na 9ª edição, no ano letivo 2010/2011, o prémio tinha-se já alargado a todas as regiões do país: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. Foram sendo escolhidas diferentes áreas para o concurso, para envolver progressivamente toda a escola, todos os professores, não deixando ninguém de fora nas áreas das ciências: Matemática, Química, Física, Ciências da Terra e da Vida/Biologia, atingindo 700 candidaturas, nas diferentes áreas escolhidas para o concurso tendo em conta envolver progressivamente toda a escola, todos os professores, não deixando ninguém de fora nas áreas das ciências: Matemática, Química, Física, Ciências da Terra e da Vida/Biologia.
Nas 10ª e 11ª edições foi retomada a perspetiva da multidisciplinaridade, mas agora reforçando a orientação dos projetos para a utilidade e o impacto nos recursos endógenos, com o tema da “Valorização dos Recursos Naturais e Locais”. Finalmente, na 12ª edição (2014/2015), o desafio colocado subiu mais um patamar, trazendo para o concurso preocupações globais, com o tema “Ciência e Tecnologia em resposta aos grandes desafios da sociedade”. Tal modelo foi seguido em 2015/2016 com o tema: “A ciência e tecnologia ao serviço de um mundo melhor”.
O rasgar de um novo caminho só foi possível porque a Fundação e o Ministério da Educação e as suas Direções Regionais, que se foram juntando à iniciativa aquando do seu alargamento, souberam dar um enorme alcance ao conceito de parceria e colocá-lo ao serviço do país. Num percurso único, esta parceria, selada por um primeiro protocolo entre a Fundação e o Ministério da Educação, assinado em 4 de março de 2002 com o Ministro da Educação, Júlio Pedrosa, veio a ser renovada através de um segundo protocolo, assinado em 21 de janeiro de 2005 com o Secretário de Estado da Educação, Diogo Feio, um terceiro, assinado em 9 de abril de 2010 com a Ministra da Educação, Isabel Alçada, um quarto e um quinto protocolo, assinados a 18 de Novembro de 2013 e 17 de Setembro de 2015, respetivamente, com o Ministro da Educação, Nuno Crato.
Em Setembro de 2016 foi assinado um novo protocolo com o Ministério da Economia para apoio à criação de Startups, bem como o desenvolvimento empresarial de novos projetos e em 2019 foi assinado um novo “Acordo de colaboração” com os Ministérios da Economia e da Educação, que veio consubstanciar um novo passo em frente no grande e patriótico objetivo de alargar a todas as escolas do país o desenvolvimento da cultura científica e do empreendedorismo. De facto, a partir da 16ª edição (ano letivo de 2018/19), o Ministério da Educação, liderado por Tiago Brandão Rodrigues, passa a financiar os subsídios de desenvolvimento das ideias iniciais apresentadas a concurso e selecionadas para passarem a projetos, o que permite consolidar a parceria com o Ministério da Educação e reforçar os Prémios Finais que a Fundação Ilídio Pinho atribui, fazendo-os chegar a todas os projetos presentes na Mostra Nacional.
Para se perceber melhor o desenvolvimento do Prémio Ciência na Escola, apresenta-se o gráfico seguinte. Existem, em 2019, novas condições para alargar a todas as escolas a cultura científica e o empreendedorismo inovador, base fundamental para que todo o país possa vir a substituir uma mão-de-obra braçal por uma mão-de-obra cerebral, empreendedora e inovadora, capaz de responder aos grandes desafios do presente e do futuro.